sábado, 5 de janeiro de 2013

Hiroshima após o ataque com a bomba atômica




Soldados alemães marcham na Polônia após os 28 dias até a tomada total desse país


Brasil declara guerra a Alemanha


Refugiados em Varsóvia


Estabelecimento judeu. Placa obrigatória para judeus na Alemanha


Civis alemães são forçados a cavar covas para os mortos nos campos de concentração


Mortos em campo de concentração


Corpos de prisioneiros de campo de concentração


Soldados toca violino para oficiais


Monte Cassino


Oficial alemão sendo revistado pouco antes de ser executado


Convocatória para civis japoneses vivendo nos EUA após a declaração da guerra contra o Japão.


Fábrica de tanques nos EUA


Fábrica de bombas de 500 libras nos EUA


Cartaz alemão pregado na França. "População abandonada, tenha confiança no soldado alemão!"


Hitler e Hess


Cinema de propaganda alemã em Viena


Soldado Aliado comemora a tomada de Berlim no alto da Chancelaria do Reich


Formação de bombardeiros


Invasão da Normandia


Participação de países lusófonos

Brasil na Segunda Grande Guerra
Embora estivesse sendo comandado por um regime ditatorial simpático ao modelo fascista (o Estado Novo getulista), o Brasil acabou participando da Guerra junto aos Aliados. Em fevereiro de1942submarinos alemães e italianos iniciaram o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico em represália à adesão do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico(que previa o alinhamento automático com qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potência extra-continental), o que tornava sua neutralidade apenas teórica.
Devido à pressão popular, após meses de torpedeamento de navios mercantes brasileiros, finalmente o Brasil declarou guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista, em agosto de 1942. Sendo na época, um país com uma população majoritariamente analfabeta, vivendo no campo, com uma economia com foco principal voltado para exportação de commodities, uma política internacional tradicionalmente isolacionista com eventuais alinhamentos automáticos contra "perturbadores da ordem e do comércio internacionais", sem uma infra-estrutura industrial-médico-educacional que pudesse servir de sustentação material e humana ao esforço de guerra que aquele conflito exigia, o Brasil não apenas se viu impedido de seguir uma linha de ação autônoma no conflito como encontrou dificuldades em assumir mesmo um modesto papel. A Força Expedicionária Brasileira, por exemplo, teve sua formação inicialmente protelada por um ano após a declaração de guerra. Por fim, seu envio para a frente de batalha foi iniciado somente em julho de 1944, quase 2 anos após a declaração. Tendo sido enviados cerca de 25 000 homens, de um total inicial previsto de 100 000. Mesmo com problemas na preparação e no envio, já na Itália, treinada e equipada pelos americanos, a FEB cumpriu as principais missões que lhe foram atribuídas pelo comando aliado.
historiador Frank McCann, afirma que o Brasil foi convidado a fazer parte da ocupação da Áustria. Porém o Presidente Vargas optou por desmobilizar a Expedição enquanto esta ainda estava na Itália. Antes do ano de 1945 terminar, os soldados já estavam voltando para casa.

Portugal na Segunda Grande Guerra

Durante a Segunda Grande GuerraPortugal estava sob um regime político quase fascista (Estado Novo) e que, embora se declarasse neutro, era um país que vendia os seus produtos aos países que pagavam mais, fossem aliados, neutros ou do eixo.[carece de fontes] O Estado Português, em Março de 1939, assina um tratado de amizade e não agressão com a Espanha nacionalista, representada pela Junta de Burgos e pelo Nuevo Estado dirigido por Franco, recusando o convite do embaixador italiano, em Abril do mesmo ano, para aderir ao Pacto Anti-Komintern, aliança da AlemanhaItália e Japão contra a ameaça comunista.[carece de fontes]
Em Agosto de 1939, a Grã-Bretanha assina um acordo de cooperação militar com Portugal, aceitando apoiar directamente o esforço de rearmamento e modernização das forças armadas portuguesas.[carece de fontes] Todavia, o acordo só começará a ser cumprido a partir de Setembro de 1943. No dia 29 de Junho de 1940, Espanha e Portugal assinam um protocolo adicional ao Tratado de Amizade e Não Agressão. Embora se tenha declarado como um país neutro, Portugal assina um Acordo Luso-Britânico, em Agosto de 1943, que concede ao Reino Unido instalações militares nos Açores, que será divulgado em 12 de Outubro seguinte.[carece de fontes] Embora, tal como já foi referido, Portugal fosse para todos os efeitos um país neutro no panorama da Segunda Guerra Mundial, exportava uma série de produtos para os países em conflito, como açúcar, tabaco e mesmo volfrâmio (tungstênio), produto cuja exportação é suspensa apenas em 1944, datando deste mesmo ano o acordo de concessão de instalações militares nos Açores com os Estados Unidos. Com o final da guerra, o governo de Salazar decreta luto oficial de três dias pela morte de Hitler aquando da sua morte, em 1945.

Territoriais


Zonas ocupadas pelos Aliados na Alemanhaem 1947, com os territórios a leste da linha Oder-Neisse sob administração polaca ou anexaçãosoviética, além do protetorado de Sarre e a Berlim dividida. A Alemanha Oriental era formada pela Zona Soviética, enquanto a Alemanha Ocidentalera formada pelas zonas estadunidensebritânicafrancesa em 1949 e do Sarre em 1957.
As transformações territoriais provocadas pela Segunda Guerra começaram a ser delineadas pouco antes do fim desta. A Conferência de Ialta (4-12 de Fevereiro de 1945) teria como resultado a partilha entre os Estados Unidos e a União Soviética de zonas de influência na Europa. Alguns meses depois a Conferência de Potsdam, realizada já com a derrota da Alemanha, consagra a divisão deste país em quatro zonas administradas pelas potências vencedoras. No lado Oriental, ficaria a administração sob incumbência da União Soviética e, no lado Ocidental, a administração ficaria sob incumbência dos Estados Unidos, França e Reino Unido, tendo estas duas últimas desistido da incumbência.
A Itália perderia todas as suas colónias; a Ístria acabaria por ser integrada na Jugoslávia, tendo também sofrido pequenas alterações fronteiriças a favor da França.
O território da nação polaca desloca-se para oeste, integrando províncias alemãs (PomerâniaBrandemburgoSilésia), colocando a sua fronteira ocidental até aos cursos do Oder e doNeisse. A URSS progrediu igualmente para oeste, graças principalmente à reversão das perdas territoriais sofridas pelo Pacto de Brest-Litovsk: houve a criação da República Socialista Soviética da Bielorrússia (numa área de maioria étnica bielorussa, mas que havia sido concedida à Polônia), e também a ampliação da Ucrânia, que também havia perdido território, duas décadas antes, para a Polônia.
Japão teve que abandonar, de acordo com o estabelecido no acordo de paz de 1951 com os Estados Unidos, a Manchúria e a Coreia, além dos territórios que havia conquistado durante o conflito. Nos anos 1970, os Estados Unidos devolvem Okinawa ao Japão.

Políticas

Sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque. A fundação da ONU foi uma das consequências da II grande guerra
No plano político, a Segunda Guerra Mundial produziu, entre outros, os seguintes resultados:
  • O esmagamento dos imperialismos alemão, italiano e japonês;
  • O enfraquecimento dos imperialismos britânico e francês;
  • O início da descolonização, com independência das antigas colônias européias na Ásia;
  • A criação do Estado de Israel em 1948;
  • Ascensão dos Estados Unidos como potência imperialista hegemônica no mundo;
  • Ascensão da URSS como potência militar dominante na Europa Oriental;
  • Ascensão dos movimentos de libertação nacional nos países explorados pelo colonialismo europeu, em alguns casos combinando nacionalismo com revolução social (como na China);
  • Deflagração da Guerra Fria, como um teste de força entre os Estados Unidos e a União Soviética;
  • O sistema financeiro de Bretton Woods e a criação do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial;
  • Fundação da Organização das Nações Unidas, em Junho de 1945, em substituição à Sociedade das Nações.
Uma das razões apontadas para o fracasso da Liga das Nações seria a igualdade entre países pequenos e grandes, bloqueando o processo de tomada de decisões. Valendo-se desse discutível argumento, as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial reservaram-se um papel de destaque e domínio dentro da ONU, através de assento permanente no Conselho de Segurança, onde possuem direito de veto. Os outros membros do Conselho são seis países eleitos rotativamente (sem poder de veto).

Herança humana

A herança de destruição deixada pela Segunda Guerra Mundial foi assombrosa. Além das mortes causadas, direta ou indiretamente (fome e doenças), pelo conflito, dezenas de cidades foram arrasadas, inúmeras florestas desapareceram, e milhares de hectares de terras cultiváveis foram transformados em desertos, em proporções nunca vistas desde a Guerra dos Trinta Anos.
Mas o pior foi a devastação causada ao comportamento humano. Violência bárbara e desrespeito generalizado aos mais elementares direitos humanos - sobretudo o direito à vida -, disseminaram-se numa escala bem maior do que se viu durante e depois da Primeira Guerra Mundial, e cujos exemplos mais gritantes foram os Holocaustos nazistas, o Massacre de Nanquim e as bombas atômicas sobre Hiroshima eNagasaki.
Recursos materiais volumosos, capazes de alimentar, vestir e educar milhões de seres humanos, que vivem na linha da pobreza (ou abaixo dela), foram desperdiçados para fins puramente destrutivos.

Prisioneiros de guerra



Prisioneiros soviéticos enforcados pelas forças alemãs em janeiro de 1943.
Com a derrota e posterior separação da Alemanha, cerca de 3 mil civis alemães viraram prisioneiros de guerra tendo que trabalhar em campos de trabalhos forçados no Gulag, na Rússia. Apenas em 1950, os civis puderam ter a sua liberdade e voltar para a Alemanha.
Muitos dos prisioneiros de guerra alemães e italianos foram trabalhar na reconstrução da Grã-Bretanha e da França. Cerca de 100 mil prisioneiros foram enviados para a Grã-Bretanha e cerca de 700 mil para a França. Além disso, os milhares de soldados presos pelos soviéticos continuaram em cativeiro, diferentemente dos prisioneiros pelos aliados, que foram libertados entre 1945 e 1948.
No início dos anos 1950, alguns prisioneiros alemães foram libertados pelos russos, mas somente em 1955, após a visita de Konrad Adenauer àURSS é que os restantes prisioneiros ainda vivos foram libertados e retornaram a sua terra natal após até 14 anos de cativeiro.

Danos materiais

Os Aliados determinaram o pagamento de indenizações de guerra às nações derrotadas para a reconstrução e indenização dos países vencedores, assinado no Tratado de Paz de Paris. A HungriaFinlândia e Romênia foi ordenado o pagamento de 300 milhões de dólares (valor baseado no valor do dólar em 1938) para a União Soviética. A Itália foi obrigada a pagar o correspondente a 360 milhões de dólares de indenizações cobrados pelaGréciaIugoslávia e União Soviética.
No fim da guerra, cerca de 70% da infra-estrutura europeia estava destruída. Os países membros do Eixo tiveram que indenizar os países Aliados em mais de 2 bilhões de dólares.
Com a derrota do Eixo, a Alemanha teve expressivos recursos financeiros e materiais transferidos para os Estados Unidos e a União Soviética, além de ter as indústrias bélicas desmanteladas para evitar um novo rearmamento.
A guerra impediu também a realização de eventos esportivos, como foi o caso da Copa do Mundo FIFA de 1942 e de 1946.

Campos de concentração e trabalho escravo


Os nazistas foram responsáveis ​​pelo Holocausto, a matança de cerca de seis milhões de judeus (esmagadoramente asquenazes), bem como dois milhões de poloneses e quatro milhões de outros que foram considerados "indignos de viver" (incluindo os deficientes e doentes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, homossexuaismaçonstestemunhas de jeová e ciganos), como parte de um programa de extermínio deliberado. Cerca de 12 milhões, a maioria dos quais eram do Leste Europeu, foram empregados na economia de guerra alemã como trabalhadores forçados.
Além de campos de concentração nazistas, os gulags soviéticos (campos de trabalho) levou à morte de cidadãos dos países ocupados, como a PolôniaLituâniaLetônia e Estônia, bem como prisioneiros de guerra alemães e até mesmo cidadãos soviéticos que foram considerados apoiadores ou simpatizantes dos nazistas. Sessenta por cento dos prisioneiros de guerra soviéticos dos alemães morreram durante a guerra. Richard Overy aponta o número de 5,7 milhões de prisioneiros de guerra soviéticos. Destes, cinquenta e sete por cento morreram ou foram mortos, um total de 3,6 milhões. Ex-prisioneiros de guerra soviéticos e civis repatriados foram tratados com grande suspeita e como potenciais colaboradores dos nazistas e alguns deles foram enviados para gulags no momento da revista pelo NKVD.
Os campos de prisioneiros de guerra do Japão, muitos dos quais foram utilizados como campos de trabalho, também tiveram altas taxas de mortalidade. O Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente concluiu que a a taxa de mortalidade de prisioneiros ocidentais foi de 27,1 por cento (para prisioneiros de guerra estadunidenses, 37 por cento), sete vezes maior do que os prisioneiros de guerra dos alemães e Apesar de 37.583 prisioneiros do Reino Unido, 28.500 da Holanda e 14.473 dos Estados Unidos tenham sido libertados após a rendição do Japão, o número de chineses foi de apenas 56.

Prisioneiros maltratados e famintos no campo de Mauthausen, na Áustria, em 1945.
Segundo o historiador Zhifen Ju, pelo menos cinco milhões de civis chineses do norte da China e de Manchukuo foram escravizados pelo Conselho de Desenvolvimento da Ásia Oriental, ou Kōain, entre 1935 e 1941, para trabalhar nas minas e indústrias de guerra. Após 1942, esse número atingiu 10 milhões. A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos estima que, em Java, entre 4 e 10 milhões de romushas (em japonês"trabalhadores braçais") foram forçados a trabalhar pelos militares japoneses. Cerca de 270.000 destes trabalhadores javaneses foram enviados para outras áreas dominadas pelos japoneses no Sudeste Asiático e somente 52.000 foram repatriados para Java.
Em 19 de fevereiro de 1942Roosevelt assinou a Ordem Executiva 9066, internando milhares de japonesesitalianosestadunidensesalemães e alguns emigrantes do Havaí que fugiram após o bombardeio de Pearl Harbor durante o período da guerra. Os governos dos Estados Unidos e do Canadá internaram 150.000 estadunidenses-japoneses, bem como cerca de 11.000 alemães e italianos residentes nos EUA.
Em conformidade com o acordo Aliado feito na Conferência de Ialta, milhões de prisioneiros de guerra e civis foram usados em trabalhos forçado por parte daUnião Soviética. No caso da Hungria, os húngaros foram forçados a trabalhar para a União Soviética até 1955.

Desenvolvimento tecnológico

A tecnologia bélica evoluiu rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial e foi crucial para determinar o rumo da guerra. Algumas das principais tecnologias foram usadas pela primeira vez, como as bombas nucleares, o radar, sistemas de comunicação por micro-ondas, o fuzil mais rápido, os mísseis balísticos e os processadores analógicos de dados (computadores primitivos).
Enormes avanços foram feitos em aeronaves, navios, submarinos e tanques. Muitos dos modelos usados no início da guerra se tornaram obsoletos quando a guerra acabou. Um novo tipo de navio foi adicionado aos avanços: navio de desembarque anfíbio (usado no Dia D).

Consequências

Mortos e crimes de guerra

As estimativas para o total de mortos na guerra variam, pois muitas mortes não foram registradas. A maioria sugere que cerca de 60 milhões de pessoas morreram na guerra, incluindo cerca de 20 milhões de soldados e 40 milhões de civis. Somente na Europa, houve 36 milhões de mortes, sendo a metade de civis. Muitos civis morreram por causa de doençasfomemassacresbombardeios e genocídio deliberado. A União Soviética perdeu cerca de 27 milhões de pessoas durante a guerra, quase metade de todas as mortes da Segunda Guerra Mundial. Um em cada quatro cidadãos soviéticos foram mortos ou feridos nessa guerra.
Do total de óbitos na Segunda Guerra Mundial cerca de 85 por cento, na maior parte soviéticos e chineses, foram do lado dos Aliados e 15 por cento do lado do Eixo. Muitas dessas mortes foram causadas por crimes de guerra cometidos pelas forças alemãs e japonesas nos territórios ocupados. Estima-se que entre 11 e 17 milhões de civis morreram como resultado direto ou indireto das políticas ideológicas nazistas, incluindo o genocídio sistemático de cerca de seis milhões de judeus durante o Holocausto, juntamente com mais cinco milhões de ciganoseslavoshomossexuais e outras minorias étnicas e grupos minoritários. Aproximadamente 7,5 milhões de civis morreram na China durante a ocupação japonesa e os sérvios foram alvejados pela Ustaše, organização croata alinhada ao Eixo.

Civis chineses sendo enterrados vivos por soldados japoneses.
A atrocidade mais conhecida cometida pelo Império do Japão foi o Massacre de Nanquim, na qual centenas de milhares de civis chineses foram estuprados e assassinadas. Entre 3 milhões e 10 milhões de civis, a maioria chineses, foram mortos pelas forças de ocupação japonesas. Mitsuyoshi Himeta registrou 2,7 milhões de vítimas durante a Sanko Sakusen. O general Yasuji Okamura implementou a política em Heipei e Shandong.
As forças do Eixo fizeram uso de armas biológicas e químicas. Os italianos usaram gás mostarda durante a conquista daAbissínia, enquanto o Exército Imperial Japonês usou uma variedade de armas biológicas durante a invasão e ocupação da China (ver: Unidade 731) e nos conflitos iniciais contra os soviéticos. Tanto os alemães quanto os japoneses testaram tais armas contra civis e, em alguns casos, sobre prisioneiros de guerra. Na Alemanha nazista foram realizadas experiências que utilizaram seres humanos como cobaias (ver: Experimentos humanos nazistas).
Embora muitos dos atos do Eixo tenham sido levados a julgamento nos primeiros tribunais internacionais, muitos dos crimes causados ​​pelos Aliados não foram julgados. Entre os exemplos de ações dos Aliados estão a transferência de população na União Soviética e o internamento estadunidenses-japoneses em campos de concentração nos Estados Unidos; aOperação Keelhaul, a expulsão dos alemães após a Segunda Guerra Mundial, os estupros em massa de mulheres alemãs pelo Exército Vermelho Soviético; o Massacre de Katyncometido pela União Soviética, para o qual os alemães enfrentaram contra-acusações de responsabilidade. O grande número de mortes por fome também pode ser parcialmente atribuída à guerra, como a fome de 1943 em Bengala e a fome de 1945 no Vietnã.
Também tem sido sugerido como crimes de guerra por alguns historiadores o bombardeio em massa de áreas civis em território inimigo, incluindo Tóquio e mais notadamente nas cidades alemãs de DresdenHamburgo e Colônia pelos Aliados ocidentais, que resultou na destruição de mais de 160 cidades e matou um total de mais de 600 mil civis alemães.

Pós-guerra


Os aliados estabeleceram administrações de ocupação na Áustria e na Alemanha. O primeiro se tornou um estado neutro, não alinhado com qualquer bloco político. O último foi dividido em zonas de ocupação ocidentais e orientais controlada pelos Aliados Ocidentais e pela União Soviética, em conformidade. Um programa de "desnazificação" da Alemanha levou à condenação de criminosos de guerra nazistas e a remoção de ex-nazistas do poder, ainda que esta política se mudou para a anistia e a reintegração dos ex-nazistas na sociedade da Alemanha Ocidental. A Alemanha perdeu um quarto dos seus territórios pré-guerra (1937), os territórios orientais: SilésiaNeumark e a maior parte da Pomerânia foram assumidos pela PolôniaPrússia Oriental foi dividida entre a Polônia e a URSS, seguido pela expulsão de 9 milhões de alemães dessas províncias, bem como 3 milhões de alemães dos Sudetos, na Tchecoslováquia, para a Alemanha. Na década de 1950, um em cada 5 habitantes da Alemanha Ocidental era um refugiado do leste. A URSS também assumiu as províncias polonesas a leste da linha Curzon (dos quais 2 milhões de poloneses foram expulsos), leste da Romênia, e parte do leste da Finlândia e três países Bálticos.

primeiro-ministro Winston Churchillprofere o sinal de "Vitória" para multidões em Londres, no Dia da Vitória na Europa.
Em um esforço para manter a paz, os Aliados formaram a Organização das Nações Unidas, que oficialmente passou a existir em 24 de outubrode 1945, e aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, como um padrão comum para todas as nações-membro. A aliança entre os Aliados Ocidentais e a União Soviética havia começado a deteriorar-se ainda antes da guerra, a Alemanha havia sido dividida de facto e dois estados independentes, a República Federal da Alemanha e a República Democrática Alemã, foram criados dentro das fronteiras das zonas de ocupação dos Aliados e dos Soviéticos, em conformidade. O resto da Europa também foi dividido em esferas de influência ocidentais e soviética. A maioria dos países europeus orientais e centrais ficaram sob a esfera soviética, o que levou à criação de regimes comunistas, com o apoio total ou parcial das autoridades de ocupação soviética. Como resultado, a PolôniaHungria,[45] TchecoslováquiaRomêniaAlbânia, e a Alemanha Oriental tornaram-se Estados satélite dos soviéticos. A Iugoslávia comunista realizou uma política totalmente independente, o que causou tensão com a URSS.
A divisão pós-guerra do mundo foi formalizada por duas alianças militares internacionais, a OTAN, liderada pelos Estados Unidos, e o Pacto de Varsóvia, liderado pela União Soviética; o longo período de tensões políticas e militares da concorrência entre esses dois grupos, a Guerra Fria, seria acompanhado de uma corrida armamentista sem precedentes e guerras por procuração.

Mapa mundial dos impérios coloniais no final da Segunda Guerra Mundial em 1945. Com o fim da guerra, guerras de libertação nacional se espalharam pelo mundo, levando à criação de Israel e à descolonização da Ásia e da África.
Na Ásia, os Estados Unidos ocuparam o Japão e administraram as antigas ilhas do Japão no Pacífico Ocidental, enquanto os soviéticos anexaram a ilha Sacalina e as ilhas Curilas. A Coreia, anteriormente sob o governo japonês, foi dividida e ocupada pelos Estados Unidos no Sul e pela União Soviética no Norte entre 1945 e 1948. Repúblicas separadas surgiram em ambos os lados do paralelo 38, em 1948, afirmando ser o governo legítimo de toda a Coreia, o que levou a Guerra da Coreia. Na China, forças nacionalistas e comunistas retomaram a guerra civil em junho de 1946. As forças comunistas foram vitoriosas e estabeleceram a República Popular da China no continente, enquanto as forças nacionalistas fugiram para a ilha deTaiwan em 1949 e fundaram a República da China. No Oriente Médio, a rejeição árabe ao Plano de Partilha da Palestina da Organização das Nações Unidas e à criação de Israel, marcou a escalada do conflito árabe-israelense. Enquanto as potências coloniais europeias tentaram reter parte ou a totalidade de seus impérios coloniais, a sua perda de prestígio e de recursos durante a guerra fracassou seus objetivos, levando a descolonização.
economia mundial sofreu muito com a guerra, embora os participantes da Segunda Guerra Mundial tenham sido afetados de forma diferente. Os Estados Unidos emergiram muito mais ricos do que qualquer outro país; no país aconteceu o "baby boom" em 1950, seu produto interno bruto (PIB) per capita o maior do mundo e dominou a economia mundial. O Reino Unido e os Estados Unidos implementaram uma política de desarmamento industrial na Alemanha Ocidental nos anos 1945-1948. Devido à interdependência do comércio internacional, este levou à estagnação da economia europeia e o atraso, em vários anos, da recuperação europeia. A recuperação começou com a reforma monetária de meados de 1948 na Alemanha Ocidental e foi acelerada pela liberalização da política econômica europeia, que o Plano Marshall (1948-1951) causou tanto direta quanto indiretamente. A recuperação pós-1948 da Alemanha Ocidental foi chamada de milagre econômico alemão. Além disso, as economias italiana e francesa também se recuperaram. Em contrapartida, o Reino Unido estava em um estado de ruína econômica e entrou em relativo declínio econômico contínuo ao longo de décadas. A União Soviética, apesar dos enormes prejuízos humanos e materiais, também experimentou um rápido aumento da produção no pós-guerra imediato. O Japão passou por um crescimento econômico incrivelmente rápido, tornando-se uma das economias mais poderosas do mundo na década de 1980. A China voltou a sua produção industrial de pré-guerra em 1952.