Em 1936,
o governo japonês assinou com a Alemanha o Pacto Anti-Komintern (anticomunista)
com o objetivo de combater o comunismo soviético, sendo a União Soviética a
principal liderança comunista da Europa e Ásia. Devido a cultura militarista do Japão,
um país de poucos recursos, eles planejaram conquistar todos os territórios da
Ásia, o que incluía, a Coreia, aChina e
as ilhas do Pacífico. Porém
o Tratado de Versalhes impedia
as ambições japonesas, o que eles consideravam uma traição por parte das
potências vencedoras da I Guerra (Tríplice Entente),
pois o Japão ficou do lado delas, então eles se aliaram a Alemanha, cuja
política expansionista ia ao encontro das ambições japonesas de conquistas
territoriais.
O ataque
japonês à base naval americana de Pearl Harbour em 7 de dezembro de 1941,
obrigou o império do Sol Nascente a espalhar os seus recursos militares pelo
Pacífico Ocidental, declinando como consequência disso as atividades bélicas no
fronte da China.
No segundo
período, que vai de dezembro de 1941 até agosto de 1945,
os Estados Unidos assumem
a tarefa de derrotar os japoneses, enquanto os exércitos nacionalistas chineses
atuam apenas em pequenas escaramuças visando à fixação e ao desgaste do
inimigo.
Consciente
da sua absoluta inferioridade militar e estratégica, Chiang Kai-shek após sete meses de
infrutífera resistência, ordenara a adoção da política de "vender espaço
para ganhar tempo", que implicava na renúncia de enormes extensões
territoriais chinesas. Ao mesmo tempo em que recuavam, as tropas nacionalistas
dedicaram-se à tática da destruição sistemática da infra-estrutura rural e
urbana das regiões que fatalmente seriam ocupadas pelos invasores (semelhante à
estratégia batizada de "terra devastada" que Stalin usou para
enfrentar as tropas nazistas), tal como a explosão de diques do Rio Amarelo,
que provocou a inundação de milhares de quilômetros quadrados de terras
aráveis, arrasando e arruinando por muitos anos as propriedades camponesas, mas
que somente atrasou o japoneses em três meses, ou o incêndio precipitado de Changsha, a capital de Hunan (fruto do pânico
das tropas chinesas em debandada).
Mas havia
outro motivo para Chiang Kai-shek evitar confrontar-se com os japoneses. Ele desejava
preservar suas forças militares (e as armas que recebia dos Estados Unidos)
para lutar contra o Exército Popular de Mao Tse-tung, na guerra civil que
certamente eclodiria, após a expulsão dos japoneses. Foi uma decisão que acabou
se revelando equivocada, pois enquanto os nacionalistas recuavam, o Exército
Popular continuou fustigando os japoneses, granjeando a simpatia e o apoio dos
camponeses chineses (apoio que se mostraria decisivo na guerra civil).
A
estratégia de "luta de longa duração" contra os japoneses, adotada
por Mao, fez crescer o número de camponeses que aderiram à guerrilha, enquanto
nas zonas controladas pelo Kuomintang, eles se mostravam arredios em colaborar,
pois além da brutal repressão japonesa, calcada nos "três tudo - "matar
tudo, queimar tudo, destruir tudo" (Sanko Sakusen) -, o exército nacionalista
cometia saques, confiscos e conscrições forçadas. Além disso, ao optar por
evitar o combate, Chiang tornou desconfortável a ajuda que recebia tanto dos
estadounidenses quanto da URSS, que também era sua aliada, apesar do Exército
Popular ser dirigido pelo Partido Comunista
Chinês.
Nenhum comentário:
Postar um comentário