A guerra sino-japonesa divide-se em
dois grandes períodos: o primeiro deles, denominado de período crítico, teve
seu início em julho de 1937[8] quando os nipônicos lançam sua
ofensiva-relâmpago sobre as províncias do Norte e Leste (Hopei, Shantung, Shanxi, Chamar e Suyan)
com o objetivo de separá-las da China,
seguindo os ditames do "Memorial
Tanaka". Numa audaciosa operação de desembarque, ocuparam mais
ao sul Cantão, uns anos depois Hong Kong (que era colônia inglesa) e
partes de Macau, nomeadamente Lapa, Dom João e
Montanha. Os invasores tiveram seu caminho facilitado por
encontrarem pela frente uma China politicamente desorganizada, onde a rivalidade
militar entre nacionalistas e comunistas havia sido suspensa a contra gosto,
vendo-se ainda subdividida em várias "autoridades locais", que se
mostraram relutantes em oferecer-lhes uma resistência efetiva e coerente.
Mesmo assim Chiang Kai-shek e Mao Tse-tung assinam um acordo em 22 de setembro de 1937,
pelo qual os comunistas abandonam
seu projeto de um governo revolucionário e passavam a designar sua área de
domínio como Governo Autônomo da Região Fronteiriça, enquanto o Exército
Vermelho mudou seu nome para ser o Exército Revolucionário Nacional,
renunciando a insurgir-se contra o governo de Chiang Kai-shek que, pelo seu
lado, comprometeu-se a suspender as operações anticomunistas.
A estratégia japonesa baseava-se em sua
mobilidade, fruto do desenvolvimento industrial do país. A ofensiva-relâmpago
deles rapidamente ocupou Pequim em 8 de agosto de 1937, em seguida
capitularam Tientsin e Shangai. Depois de quebrarem a encarniçada
resistência das tropas chinesas, que lhes resistiram por três meses numa
batalha nas ruas de Shangai, os japoneses marcharam para dentro do continente
e, logo depois, em 13 de dezembro de
1937 entram em Nanquim.
Nanquim era a antiga capital imperial,
e também ex-sede do governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Os soldados
japoneses sob o comando do general Iwane Matsui realizaram a partir de
dezembro de 1937 a invasão de Nanquim, onde a população foi submetida à mais
extrema barbaridade. Um ano depois de terem tomado a ofensiva, os nipônicos
controlam amplas margens do mar da China, ocupando uma boa parte da costa,
na tentativa de isolar o país de qualquer auxílio ocidental. Apesar das
simpatias americanas e britânicas se inclinarem para os chineses, devido à
rivalidade colonial que tinham com os nipônicos pela hegemonia sobre a Ásia, nada de prático foi feito para
ajudá-los.
Este período de seguidos triunfos
japoneses chegou ao seu clímax com a invasão de outras partes da Ásia pelo
Exército e pela Marinha Imperial (Indochina, Indonésia, Malásia, Filipinas eBirmânia), seguida da desastrosa decisão do
Micado de estender a guerra aos Estados Unidos.
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